quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pequi Rock in Roll!

                     Atualmente, quando se fala em música goiana, virou um clichê, enjoativo para alguns, prazerosos para outros, que em Goiás, o que rola, é o sertanejo. Fato.

                    Mas a música goiana é mais do que isso, em menor escala, talvez, mas há nomes bem destacados no rock nacional, saídos daqui, porém pouco conhecidos do público geral que, ou prefere se alimentar do que é oferecido na mídia convencional, ou pouco interesse no que é nosso mesmo.





          O Rock Goiano não se limita ao que vamos falar aqui nesse blog, existem muitas vertentes por aqui, do heavy metal ao grunge, passando pelo punk rock, exemplo disso são os festivais e bandas independentes que pipocam por aqui. A produtora responsável por lançar e abrigar muitos nomes em Goiânia chama-se Monstros Discos, conduzida pela dupla Léo Bigode e Márcio Júnior, fundada em 1998 com enfoque para lançamento de discos em Vinil e que na atualidade tem impulsionada a música independente nacional e é ela também quem promove o festival Goiânia Noise, um festival de música do rock alternativo que acontece na terra do pequi, desde 1995. Esse não é o único festival de rock de goiás, lógico, apenas um exemplo, ha muitos outros, como você pode conferir no video acima, onde você verá também sobre algumas bandas que nem terão seus nomes citados nesse blog. Pelo menos não a princípio. 
            Pode-se perguntar por aí: o rock goiano está em crise? Vejamos... você já ouviu falar de bandas como Astronautas, Violins, Pata de Elefante, Senores, Rollin Chamas, Motherfish, MQN, Barfly, ou  Retrofoguetes? Se a resposta for não para pelo menos seis das nove bandas citadas acima, então, provavelmente a resposta seja sim: o rock goiano está em crise. Há muitas explicações para isso, por isso esse documentário ao final desse capítulo que fala muito sobre a dificuldade em publicar, divulgar e disponibilizar material para o grande público de Goiás, são quase cinquenta minutos que valem a pena se gastar para conhecer melhor essa história, separe tempo, recomendo. O fato é que talvez a música goiana seja muito ampla, mas o que se vê é apenas uma pequena parte, uma árvore, ao invés de toda a floresta.






                    Houve um movimento grandioso na música goiana no começo dos anos 2000, cujo objetivo era popularizar o pop rock goiano, mostrar que havia mais por aqui, chamava-se Go Rock!, Nila Branco foi uma das criadoras, outro, foi o Marco Antonini, e ele bem descreve o que aquele movimento significou em sua página numa rede social: "Houve um tempo em Goiás em que artistas "novos" e de estilos variados. Tínhamos espaço na TV (...) e assim era fácil o público reconhecer cada artista. Hoje a não ser os "grandes" quando se ouve uma música ninguém sabe quem é ou viu mais gordo ou mais magro. É triste para um "Estado Talentoso".
                  Este registo aqui é o GO RocK! Os bandeirantes do Pop-Rock de Goiás Marco Antonini (eu) e Nila Branco, sim, nós dois somos os primeiros e demos a luz à Casa Bizantina (...) Vicios da Era, Guetsu, Laia Vunge. Foi um movimento (...) que fez surgir várias bandas e artistas, com a extinção do (...) apoio de rádios que nos "adoravam enquanto erámos de utilidade a eles pra fazermos shows de graça" e depois nos ignoraram por total, muitos bandas e artistas não resistiram e ficaram pelo meio do caminho ou mudaram de estilo. 
                 Estamos vivos ainda."
                  Na época havia o programa Radar na TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo (e é um teaser desse programa que você acompanhou um pouco acima), a Rádio Interativa (na época sob a regência de Anselmo Trancoso, um grande incentivador da música pop goiana, com sua saida em 2008 a música goiana perdeu espaço de vez na rádio) e o programa Gyn Teen, ainda em atividade na TV Cultura local (porém com outros focos, atualmente), e eles foram fundamentais para a divulgação, mas quando eles se voltaram para outros rumos, pode-se dizer que o rock goiano foi se definhando a partir de então.


Música: Eu Quero Ver Flores

Interpretação: Anderson Richards (Mr.Gyn), Thiago Guerra (Atma), Dante (Guetsu), Fabiano Olinto (Casa Bizantina), André Mols (The Not Yet), Smooth (Vícios da Era), 

 Marco Antonini e Valéria Costa


                   Aqui acima temos um musical que coloca juntos os maiores representantes da música pop da época, mostrando o quanto a música goiana teve e tem bom gosto, portanto, o que falta não é qualidade, mas divulgação. O rock goiano começou a mostrar força em 1997, viveu seu auge entre 2000, 2001, e com a mídia local se voltando para a banalização da música popular, perdeu sua força e agora o rock de Goiás vive fases meio imprecisas, sobre as quais falaremos nese blog, para isso estamos aqui, então respire fundo, e vamos mergulhar nessa história tão rica, você vai descobrir porque ela vale mesmo a pena. E viva o Rock in Gyn!





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